terça-feira, 8 de maio de 2012

Assassino receberia R$ 10 mil para matar F Gomes

Assassino receberia R$ 10 mil para matar F Gomes O assassino de F. Gomes, João Francisco dos Santos, o Dão, receberia R$ 10 mil para matar matar o radialista no dia 18 de outubro de 2010. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (8), onde a Polícia Civil repassou os últimos detalhes sobre o caso da morte do radialista. Desse total, R$ 8 mil foram entregues ao assassino. O inquérito do Caso F. Gomes foi concluído na semana passada. A delegada Sheila Freitas, da Deicor, o delegado-geral da Polícia Civil (Degepol), Fábio Rogério Silva, e o promotor criminal de Caicó, Geraldo Rufino, conduziram a coletiva. De acordo com as informações da Polícia Civil, seis pessoas estão envolvidas na morte de F. Gomes: João Francisco dos Santos foi preso no dia seguinte a morte do radialista, acusado de ter realizado os disparos; Lailson Lopes, conhecido como o "Gordo da Rodoviária", é acusado de ser o mandante do crime. Além deles, o advogado do "Gordo", Rivaldo Dantas de Farias, Gilson Neudo Soares - conhecido como "Pastor" -, o policial Militar Evandro Medeiros e o coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira são acusados pela polícia de terem participação no crime. Segundo as informações da delegada Sheila Freitas, o Gordo da Rodoviária entregou todo o esquema. "Desde o início, investimos em Laílson. Ele entregou todo o esquema, mas até hoje nega participação", disse. A delgada ainda garantiu: "Todos têm participação no crime, mas o que tem a maior é o advogado Rivaldo Dantas". A motivação do crime foi realmente o trabalho que o radialista F. Gomes fazia, segundo informou a delegada "F. Gomes foi morto por causa do trabalho dele. Esse é o motivo do crime", disse Sheila Freitas na coletiva. Entretanto, ela negou, a princípio, que haja ligação com a denúncia realizada meses antes em relação às eleições de 2010. "A morte de F. Gomes não teve nada a ver com a denúncia que ele fez sobre a troca de votos por pedras de crack. Mas ainda investigamos essa denúncia". Um dos fatos revelados pela delegada na coletiva que mais surpreendeu a imprensa foi à intenção do grupo de matar todos os funcionários da rádio. "O plano inicial, segundo Lailson, seria envenenar todos os funcionários da rádio Caicó, onde F. Gomes trabalhava. O plano seria injetar veneno em pães, bolos, sucos entregues diariamente por uma padaria que anuncia na rádio", disse a delegada. Dos dez mil reais que foram prometidos pelo grupo a Dão, a Polícia dá conta de que R$ 8 mil (R$ 3 mil dados por Lailson e outros R$ 5 mil do tenente-coronel Moreira) foram entregues. Segundo Lailson, o dinheiro arrecadado pelo pastor Gilson para bancar o crime foi retirado da igreja. A investigação também deu conta de que o próprio Dão, autor dos disparos que mataram F. Gomes, foi quem levantou a rotina do radialista. O promotor criminal de Caicó, Geraldo Rufino, elogiou a atuação da Polícia na investigação sobre o caso do radialista. Segundo ele, o trabalho foi "excepcional". "Só tenho que parabenizar a delegada Sheila, em nome de toda a Polícia Civil. O trabalho foi excepcional, assim como a participação da Polícia Militar e de alguns integrantes da Polícia Federal". O promotor recebeu os autos do crime ontem (7) e tem até sexta-feira para oferecer a denúncia à Justiça. "De qualquer forma, posso adiantar que estou satifeito com a investigação", garantiu.

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