domingo, 27 de maio de 2012

Trinta anos depois, um show do mito

São quase 30 anos de espera. Chico Buarque volta a Natal para um segundo show. Desta vez com pompa e circunstância. A primeira apresentação foi no Juvenal Lamartine, ao lado de Fagner, João do Vale e outros bambas da MPB, em show beneficente às vítimas da seca nordestina. Agora, ele será único no palco do Teatro Riachuelo. Os ingressos para as duas sessões de segunda e terça-feira voaram da bilheteria no primeiro dia de venda. O segundo maior preço dos shows já apresentados no Teatro - R$ 380, atrás apenas dos R$ 600 de Roberto Carlos - para não ter sido obstáculo para três mil fãs do compositor. Um dos fãs mais frustrados talvez seja o produtor Alexandre Maia, responsável pela vinda a Natal dos maiores astros e estrelas do show business nacional nos últimos 25 anos. Chico Buarque sempre foi sua maior obsessão. Os contatos foram persistentes. Alexandre chegou a viajar ao Rio de Janeiro para falar com Chico Buarque pessoalmente após um show. O compositor e amigo íntimo de Chico, Toquinho, foi um dos intermediários que indicaram o nome do produtor para organizar o show na capital potiguar. "Não tínhamos o Teatro Riachuelo e ficava difícil compensar o valor do ingresso e cachê com o Teatro Alberto Maranhão", conta Alexandre. Em dois anos de Teatro Riachuelo, tudo parecia mais viável. Mas uma produtora cearense já acostumada na produção dos últimos shows de Chico Buarque foi a escolhida para produzir o show em Natal. Sequer pediram assessoria de imprensa local. "Essa produtora disse que o show se vende por si só. Não precisa de mídia. E se caso precisasse, entraria em contato comigo". Não precisou. Segundo a assessoria de imprensa do TR, seis horas após o início da venda, cerca de 1,5 mil bilhetes foram vendidos, o equivalente à lotação de uma sessão. E com o sucesso nas vendas, nenhum veículo de mídia natalense recebeu um release ou comunicado do show.

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