domingo, 30 de dezembro de 2012

Lula joga tudo em 2013



“Entre o ar condicionado dos gabinetes e o calor do povo nas ruas, ex-presidente arma sua defesa; quanto mais exposição, melhor; para sair do córner das acusações que partem de Marcos Valério e passam pela constrangedora Rosemary Noronha, Lula aposta no corpo a corpo para realçar sua popularidade e criar um fato político insuperável; você faria diferente no lugar dele?

Marco Damiani, Brasil 247

Coloque-se, por um momento, no lugar do ex-presidente Lula. Acossado pelas denúncias do publicitário Marcos Valério, de um lado, em plena era do  domínio do fato, na qual provas passam a ser elementos secundários para decisões judiciais, e com um histórico de perseguições sofridas desde os tempos em que teve um irmão, Frei Chico, torturado por suas convicções políticas e ele próprio foi preso no Dops de Romeu Tuma por fazer sindicalismo, o que você faria diante de novas ameaças ao seu direito de ir e vir? Contrataria um advogado? Mais nada?

No 2012 em que viu a nata da primeira geração de líderes do PT ser condenada à cadeia, Lula só conseguiu ser protagonista quando saiu às ruas para eleger, num prodígio político, seu candidato Fernando Haddad à Prefeitura da maior cidade do País. Ali, no palanques de São Paulo, após ter vencido um câncer numa disputa iniciada sem favoritos, o ex-presidente se impôs frente a um eleitorado que fazia as vezes de reserva popular do PSDB. Jogou todas as suas fichas e forças, correndo um risco dramático de sair derrotado para, neste caso, ser pisoteado pelos tucanos renovados pelo voto chefiados por José Serra.”

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